domingo, 3 de fevereiro de 2013

Voltei.



Não sei ainda o que fazer da minha vida, tenho uma profissão em mente, mas que não tem muitas vagas. Estou em uma fase de tentar me adaptar com o que não tenho. Não tenho muito dinheiro pra visitar meu filho no hospital, não tenho dinheiro para necessidades básicas, para substituir minhas roupas que estão ficando "baleadas", nem dinheiro pra comprar mais roupas pois umas foram roubadas pela mulher da faxina enquanto estava tendo meu primeiro filho.

O que eu tenho? Eu tenho um marido, que não me ajuda com dinheiro. Me ajuda com saídas para ir ver os paizinhos dele. Ele não recruta quem escolheu como padrinhos do meu filho pra ir vê-lo, já que querem que ele tenha bastante visitas. Se meu marido conseguir passar no exame médico do emprego que deseja, não sei se vai me ajudar em alguma coisa. Ele não tem cabeça! Não sei se ele sabe sustentar uma família, já que ele não quer que eu trabalhe.

Por que eu o escolhi como marido? Ele é legal, engraçado, bonito, gentil, romântico, carinhoso, sério, fiel. Mas ele tem ideias violentas, pensamentos de vingança, não sabe gastar o dinheiro, é "pidão", é sustentado. Pelo menos eu não sou INTERESSEIRA.

Acabei invejando as mulheres interesseiras, elas podem ficar com o coração partido, mas pelo menos com dinheiro no bolso e não depender de ônibus.
Têm homens que não valorizam quem espera o ônibus com eles e não os traem, que fazem comida pra eles, servem no prato, são carinhosas e amorosas.
Um Camaro amarelo, ou de qualquer cor, resolveria meus problemas.
Quando tive meu filho fiquei com infecção e dores resultados do trabalho de parto, sangramento ativo e anormal, e dores da própria infecção. Fui me consultar um dia antes de ter meu filho, a gente paga R$30,00 descontados em folha para o plano de saúde, mais 28,00 reais da consulta, a gente também paga o remédio que eles receitam. Para quê? Para eu ter tido um atendimento com soro, com conversa com o médico, contei o que eu tinha, mas ainda não sabia que estava grávida. Ele só me receitou um remédio e me mandou pra casa pois não havia nenhuma ginecologista lá pra dizer porque eu estava com sangramento anormal. Não fizeram nenhum exame. Eu acho que hoje em dia a gente é obrigado a saber diagnosticar que doença temos e implorar aos médicos um exame pra ajudar nossa saúde. Ele só mandou eu marcar uma ginecologista.
No outro dia, tive dores de gritar. Fui no postinho da Cidade a mando do meu pai. Lá falei com o atendente contando o que eu sentia, ele disse que era pra eu ir no Postão pra ter atendimento, e marcou ginecologista pra mais de 15 dias. A gente pediu um táxi pra ele ligar pra nós irmos no Postão , eu e meu marido. O atendente não chamou SAMU, chamou um táxi pra gente tirar do bolso o pagamento.
Pagamos imposto e não temos direito ao SAMU, atendente? Quando eu morrer, vou ter direito ao IML, não é?
Meu filho nasceu, está a 3 meses no hospital. Querem que eu vá visitar ele todos os dias gastando 4 passagens cada um. Fiquei deslumbrada ao descobrir que ganhei uma criança. Comprei muitas roupinhas, muitas fraldas, consegui ótimas promoções de verão. Não pude comprar nada antes pra ele por não saber que estava grávida. Gastei dinheiro com meu bebê e acabou faltando pra poder ir no hospital, o que eu mais queria era poder abraçar e segurar meu bebê todos os dias. Ninguém me ajudou com passagens. As assistentes sociais do hospital, ajudaram com 3 ou 4 cartões de passagens com 4 passagens. E me "ajudaram" chamando o Conselho Tutelar informando que não íamos todos os dias no hospital. Me falaram que eu posso pedir passagens de ônibus no postinho de saúde da minha cidade, mas quando fui chamada pela assistente social de lá, ela apenas disse:
Não , você não foi aqui no postinho quando estava grávida, quase ganhando o bebê. Porque eu pedi pra todos os funcionários e eles falaram que ninguém negou SAMU pra você e ninguém chamou um táxi.
Mas ela não me mencionou que poderia me ajudar com passagem de ônibus.

Agora meu bebê está nas mãos do juiz. O que eu vou fazer sem meu filho? Eu tive um pai que traía minha mãe, uma mãe que não pode me acompanhar na comprar da minha roupa de formatura, na compra do primeiro absorvente ou sutiã, em nenhuma tarefa básica de mãe, não tive presença significativa da minha mãe, e não vou poder ter a presença do meu filho?? Estou angustiada e ansiosa pra saber o que vai acontecer na minha vida.

Consegui comprar por 30 reais um cartão de transporte público que faz duas passagens por 1. Esse cartão teve problema e as cobradoras de ônibus SEM TREINAMENTO EM SABER DOS CARTÕES DA EMPRESA, falaram que o cartão não passa pra mim e meu marido , sendo que meu cartão não é pessoal. Mais essa.

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